30 junho 2008

Maio, 29 (dia 3) - falta só 1... / Maio, 30 - Enfim!

Ai, ai... falta um dia pra conhecer o Davi!

Noite de expectativas, de conversa séria com o marido, de sonho revelador...


Parece mentira, mas na noite do dia 29, tive um sonho engraçado... Sonhei que o padrinho (de batismo) do meu irmão, que não vejo há mais de 15 anos, trazia o Davi para casa nos seus braços. Foi um sonho realmente emocionante, mas eu não entendi o porque de justo ele ser a pessoa que trazia nosso filho para nós...

Enfim, o dia tão esperado!

Acordei e contei o sonho para meu esposo, e, enquanto contava, tentava me lembrar o nome do tal do padrinho do meu irmão... depois de muito pensar, lembrei: Benvindo! Meus olhos se encheram de lágrimas... Sonhei dando as boas vindas ao nosso bebê, na noite que antecedeu a tão esperada visita... Engraçado era que, no sonho, o rosto do Davi era indefinido (acho que, mesmo inconsciente, não quis criar nenhuma expectativa)


Fomos para o abrigo com o coração cheio de alegria, expectativa de conhecer aquele que viria a ser parte das nossas vidas. Claro que chegamos antes da hora, o Juizado havia marcado para as 09 da manhã, chegamos entre 8:30 e 8:40...

Fomos convidados a conversar com a assistente social do abrigo enquanto esperávamos as técnicas do Juizado. Com ela, soubemos o pouco que se sabia da história de vida do Davi. Tiramos nossas dúvidas, e nada das técnicas judiciárias. A AS chamou então a equipe de saúde para nos falar do histórico de saúde (enfermeira, médica e nutricionista). Estávamos de costas para a porta, esperando a equipe de saúde, quando a AS exclama: já trouxeram o Davi?! Nos viramos como raios, e nada mais vimos ou ouv
imos: a enfermeira colocou o Davi no meu colo e tudo fez sentido para nós. Olhei nos olhos do meu esposo e vi, ali refletido, toda a emoção que eu também sentia. Bastou um olhar para nossos corações transbordarem, e termos a certeza de que Deus tinha feito o seu plano há muito tempo!

Ouvimos a nutricionista (filho comilão), a enfermeira (filho super saudável), e nada do Juizado. Nos foi permitido um momento a sós com o Davi, junto a um jardim, e ali tivemos nossa primeira reunião familiar... Um tempo depois, elas chegam, e nós fomos chamados. Teríamos tempo para expressar nossa vontade de ficar com ele, mas não precisávamos de nenhum minuto a mais. O que tínhamos que fazer para levar o nosso filho para casa?

A AS do abrigo tinha que passar um ofício para o Juizado, tínhamos que esperar o juiz autorizar que o levássemos para casa e aguardar a guarda provisória. O problema era que a impressora do abrigo estava quebrada. Como ela não aceitou que imprimíssemos em casa, e nos prometeu que enviaria o ofício no mesmo dia, fomos resolver o quarto do Davi.

Como o Davi faria 2 meses no dia 05/06, pedimos pressa para que ele passasse o aniversário em casa, ao que a técnica respondeu/perguntou: ah, então o quarto dele já está pronto? Claro (que não, completei em pensamento)! Então, como dizia, saímos do abrigo direto para uma grande loja de produtos para bebês: vivemos 9 meses em dois dias, sem direito a chá de fralda... compramos do papel de parede ao prendedor de chupeta (exceto os maravilhosos presentes dos familiares, claro). O chato foi que, ao voltarmos para o abrigo, às 17:15, o horário de visitas tinha acabado e como não podíamos visitar no final de semana, íamos passar longos dias nos contentando com as raras fotos que tínhamos tirado...




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