Do dia 02/06 ao dia 18/06 só emoções fortes...
A primeira noite do Davi em casa foi uma comédia... Tínhamos a rotina no papel (passada pela nutricionista do abrigo: 60 ml de NAN 2 em 2 horas), mas executar a rotina não foi lá tão fácil... 2 horas é um ciclo muito curto para fazer mamadeira, dar o leite, botar pra arrotar, ninar para dormir, lavar e escaldar mamadeira... Ainda bem que o pediatra autorizou aumentar pra 90 ml, de 3 em 3 horas... Bom, mas o dia 02/06... Como estávamos nos adaptando à nova realidade de pais, ficamos com medo de não acordar com o choro do Davi (tão inocentes!), então coloquei um edredom bem macio ao lado do berço e me deitei ali mesmo... Não preciso nem dizer que não dormi nada, né? Cada suspiro dele era motivo pra checar se tava tudo bem, e se ele não fizesse barulho... Meu Deus, será que ele está respirando?! .Bom, isso era eu, que estava no quarto, mas ouvido apurado mesmo era o do maridão, que levantou comigo em todos os mííínimos barulhos que o filhote fazia. Conclusão? Claaaaaro que dava pra ouvir do nosso quarto, mas claaaaaro que não tirei essa conclusão nessa noite, só no dia seguinte.
Eu e marido em plena atividade, consegui 1 semana longe do trabalho. Minha irmã, ainda de férias, foi uma mão na roda na primeira quinzena (ganhou uma caneca personalizada com as fotos dela com o Davi como sinal de profundo agradecimento). Foi uma semana de aprendizado para todos, bebê, nós e nossas famílias. Lá em casa rolou um veto às visitas: cada pessoa só podia visitar de 3 em 3 dias (veto da minha mãe, não meu); mas todos tratavam de burlar a regra, inclusive ela, com o super pretexto de me ajudar com o bebê (ajuda mais que bem-vinda).
Os dias foram se passando, o sono se normalizando (sim, meu filho dorme a noite toda desde os 2 meses de vida, babem!); visitas, felicitações e presentes chegavam de todos os lados...
Presente bom mesmo foi o que recebemos no dia 18/06: o processo da adoção foi finalizado e pudemos registrar nosso filho! Nossa audiência estava marcada para às 08:30, mas disseram que podíamos chegar às 9h (repare na pontualidade do juiz)... Chegamos e começamos a esperar, a fila de pessoas de audiências posteriores aumentando e naaada do juiz aparecer. Se não fosse assunto de nosso interesse, marido já tinha ido embora há muuuuuuuito tempo... Lá pelas 10:30, chega o cidadão. Nossa audiência era a primeira e entramos. Quem mais falou foi o escrivão (?) lá do lado dele: o juiz falou com todas as letras que não tinha lido o processo! Checou nossos dados, os dados do nosso filho, perguntou se nós estávamos dispostos a sermos pais do Davi, perguntou das relações familiares e... voilà! Na mesma hora conseguimos os papéis para levar no cartório e na mesma manhã concluímos todo o processo... Tempo total do dia do cadastro à adoção definitiva: 79 dias (deve ser um recorde)!
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